segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Drenagem Linfática - Edema e Linfedema

Tanto o edema como o linfedema podem ocorrer após a operação. O edema (inchaço) certamente aparecerá na mama, no tórax e no braço do lado operado e é absolutamente normal, principalmente se pensarmos no trauma causado pela cirurgia. Este edema deverá regredir em poucos dias com a elevação do braço e a realização de exercícios orientados pelo médico e sua equipe.

O linfedema, no entanto, é uma situação anormal e pode surgir em qualquer época após a operação. O ideal é que seja evitado, pois pode tornar-se uma doença crônica, com necessidade de tratamento e manutenção constantes.

Em outras palavras, podemos dizer que o edema é um inchaço que se resolverá em poucos dias e o linfedema é uma falência do sistema linfático em determinada região, ou seja, o sistema não consegue mais cumprir uma de suas principais funções que é a reabsorção de proteínas plasmáticas na linfa.

É importante salientar que nem todas as pacientes apresentam linfedema após a mastectomia. Se ele aparece, geralmente é devido a uma lesão de pele como erisipela ou linfangite. Estas lesões geralmente aparecem muito tempo depois da operação e geralmente coincidem com o abandono dos cuidados com a pele do braço e da mama orientados na época da operação. 

Tratamento do Linfedema

Normalmente, as pacientes que desenvolvem linfedema acabam se sentindo perdidas em relação ao tratamento. O médico orientará fisioterapia para drenagem linfática e a paciente não encontrará dificuldades em encontrar anúncios pelas ruas anunciando drenagem linfática. É grande a oferta deste tipo de tratamento pela cidade, a cada esquina vê-se uma faixa anunciando este tipo de massagem. Porém, comumente o tempo passa e os resultados nunca chegam... Resultado: a paciente desiste.
O tratamento do linfedema não é simplesmente a “Drenagem Linfática Manual” e, muito menos, a massagem utilizada para estética.

A Sociedade Brasileira de Flebologia e Linfologia estuda a possibilidade de alterar a denominação do tratamento fisioterapêutico do Linfedema para evitar a confusão tanto dos pacientes como dos médicos no momento da prescrição.

Para o tratamento correto do Linfedema, o profissional indicado é o Fisioterapeuta especializado nesta área, pois são necessários conhecimentos aprofundados da anatomia, fisiologia e fisiopatologia linfática, além de vivência e treinamentos específicos.

O paciente deve pedir indicação do profissional especialista e se manter informado sobre os cuidados e tratamentos deste tipo de problema. ue nem todas as pacientes apresentam linfedema após a mastectomia. 

Prevenindo e tratando o Linfedema

Dando continuidade ao pós-operatório de câncer de mama, gostaria de convencê-la a cuidar muito bem da sua pele e assim prevenir a instalação do Linfedema.

A pele é o maior órgão do nosso corpo e protege o nosso organismo interno do meio externo. Ela consegue exercer esta função se estiver em condições normais de hidratação e continuidade.

A cirurgia de retirada do câncer de mama tem por objetivo promover o controle local, removendo todas as células malignas presentes junto ao câncer primário, esvaziando inclusive as axilas.

Assim, os linfonodos axilares, sede de maior drenagem da linfa proveniente do braço e mama, são retirados. Apesar de existirem outras sedes menores de drenagem é fácil supor que a drenagem natural estará dificultada. A boa notícia é que geralmente o nosso organismo dá conta do recado e tudo continua em equilíbrio. Porém esse equilíbrio pode ser facilmente derrubado, afinal a grande sede não existe mais.
A manutenção deste equilíbrio estará em suas mãos, mais especificamente nos cuidados com a pele que devem ser mais intensos e para sempre. Qualquer pequeno ferimento, mesmo de manicure deverá ser evitado e a manutenção da hidratação adequada, através do uso de cremes com pH neutro evitarão que a pele se rompa com facilidade, facilitando a entrada de microorganismos indesejáveis que podem causar linfangites ou erisipelas desencadeando o Linfedema.

Lembre-se que o Linfedema não tem cura, apenas tratamento e manutenção contínua.
O quadro abaixo resume os cuidados que você deve ter daqui para sempre.
Imprima ou copie e deixe sempre a vista até que se torne hábito.

Cuidados com a pele:

• Qualquer lesão acidental deve ser imediatamente lavada com água e sabão;
• Abandone o hábito de tirar as cutículas, apenas empurre-as;
• Evite desodorante com álcool e àqueles com ação antitranspirante;
• Utilize água morna e sabonete neutro no banho;
• A depilação da axila do lado operado deve ser realizada com aparelhos que cortem os pelos e não puxem. Você pode também cortá-los com uma pequena tesoura.
• Evite aplicação de vacinas ou injeções, coleta de sangue, acupuntura, medição de pressão e até mesmo a quimioterapia no braço do lado operado.
• Hidrate o braço e o local cirúrgico (após completa cicatrização) sempre que necessário, mas pelo menos após o banho. 


ELES APARECERAM.....OS EFEITOS COLATERAIS

Subi a serra, fui pra Chapada, nossa o clima lá tava ótimo, sem sol, um vento bom, coisa que aqui em Cuiabá é raro, até choveu forte, mas fiquei o sábado inteiro deitada ou sentada, bateu uma fraqueza nas pernas e nos braços, coisa que eu não senti nesses 10 meses de tratamento, tem hora que as pontas dos dedos amortecem,fora que meu cabelo está caindo novamente, não que isso me deixe mal, o que não gosto é usar lenço, chapeu, boina ou qualquer coisa na cabeça, no domingo também fiquei deitada, fora que a minha mão só fica inchada, um sensação ruim pra fechar a mão, mas já estou fazendo a drenagem linfática e vai melhorar, não estou teimando mais e não pego mais minha pequena.
Demorou, parece que nunca ia aparecer, mas esse final de semana eles chegaram...os efeitos colaterais ou defeitos...rs

O lado que coloquei o cateter, fica com o ombro e o pescoço doendo, chega até ficar duro, mas nada que um Dorflex não resolva, já está cicatrizando.

Isso tudo faz parte do caminho da cura, toda pessoa que passa por quimio, tem alguns efeitos, mas é a esperança de que logo logo vamos voltar a vida normal, Graças a Deus tem esses medicamentos, tudo passa nessa vida, ás vezes fico pensando tudo que passei desde o inicio de dezembro do ano passado, quando tive o diagnóstico, as três cirurgias, as 4 sessões de quimio vermelhinha, o mal estar, as 12 quimio branca, a notícia da metastase no pulmão, as punções doloridas na veia, o sumiço delas, a colocação do cateter, + 12 quimio branca...mas mesmo assim ainda tenho vergonha de reclamar da fraqueza ou da dor de dente (eles ficaram sensíveis com a quimio e alguns quebraram),ou uma dor de barriga, pois tem tanta gente passando por coisa pior (se é que existe coisa pior), vou na clinica ou no hospital e você vê pessoas com dores,  não de câncer, mas de outras doenças. No dia que fui na clinica fazer a avaliação pra fisioterapia, tinha uma mulher, na mesma idade que eu ou mais nova, que tinha acabado de ter o diagnóstico de fibromialgia, doença que ainda não tem cura, mas tem controle, e ela perguntou pq as pessoas tem dores, que não diviamos ter, aí falei pra ela, se não sentirmos dor, é sinal que não estamos vivos, que a dor é o sinal que tem algo errado...contudo Deus, estou viva, isso que importa, estou vendo meus filhos crescerem, e estou bem apesar de tudo que já passei.

A Diana, a fisio que faz a drenagem linfática disse pra mim no primeiro dia, os médicos e a gente faz o possível pra curar, mas Deus faz o impossível, e perguntou qual o tamanho da minha fè? Fiquei pensando nisso, qual o tamanho da nossa fé, eu ainda não sei sinceramente qual o tamanho da minha, mas até agora fui muito protegida por Deus, tenho muito a agradecer.

Fiquei muito triste com a notícia do falecimento da Fabiana Campelo, que Deus dê todo consolo e força para sua família, ela foi uma guerreira que lutou um ano e meio contra a doença, mas agora está ao lado do Senhor, infelizmente perdemos mais uma querida para a câncer.